A vida urbana impõe riscos diários que muitas vezes são subestimados. Em meio à rotina agitada, deslocamentos a pé, transporte público e o uso de dispositivos eletrônicos em público se tornaram situações propícias para ações criminosas. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, somente no primeiro semestre de 2023, mais de 24 mil assaltos a pedestres foram registrados no estado. A prevenção, neste contexto, é uma questão de comportamento, atenção e preparo.

Entenda os perigos mais comuns
Os crimes mais recorrentes nas ruas brasileiras incluem:
- Roubo de celulares e bolsas.
- Abordagens rápidas em motocicletas.
- Sequestros relâmpago.
- Furtos em aglomerações.
- Golpes com distração ou disfarce de ajuda. Essas situações ocorrem especialmente em pontos de ônibus, passarelas, semáforos, calçadas escuras e áreas com pouco policiamento.
Comportamentos preventivos fundamentais
Adotar algumas práticas simples pode reduzir drasticamente os riscos:
- Postura atenta: caminhe com segurança, olhando ao redor e evitando distrações.
- Evite uso de celular em movimento: o aparelho chama atenção e facilita a abordagem.
- Escolha bem seu trajeto: prefira ruas movimentadas e bem iluminadas, mesmo que demore mais.
- Não ande sozinho em horários críticos: evite deslocamentos a pé de madrugada ou em áreas conhecidas por ocorrências.
- Atenção a motos se aproximando: criminosos costumam agir em duplas, de moto, para rápida fuga.

O que fazer em caso de abordagem
Em situações de assalto, a principal orientação é: não reaja. Sua vida vale mais que qualquer bem material. Outras ações incluem:
- Entregar os objetos solicitados com calma e sem movimentos bruscos.
- Evitar contato visual direto, mas observe detalhes que possam ser úteis à polícia depois.
- Após a ação, procure um local seguro e registre um boletim de ocorrência.
Tecnologia como aliada
Algumas ferramentas digitais podem ajudar na proteção:
- Apps de rastreamento de celular, como “Encontre Meu iPhone” e “Google Find My Device”.
- Aplicativos de emergência com envio de localização, como o 99 Mulher ou o Botão do Pânico.
- Câmeras de vigilância pública e privada, cada vez mais comuns em grandes centros, ajudam na identificação posterior.
Dicas adicionais para grupos vulneráveis
Mulheres, idosos e pessoas com deficiência muitas vezes são alvos preferenciais de criminosos. Para esses grupos, é ainda mais importante:.
- Andar acompanhado sempre que possível.
- Ter um plano de fuga mental para trajetos conhecidos.
- Usar roupas confortáveis que não dificultem a mobilidade..
Educação e conscientização social
A segurança nas ruas também depende de mudanças coletivas. Incentivar a denúncia de crimes, pressionar por mais policiamento comunitário e valorizar ações de urbanismo que aumentem a segurança (como iluminação pública e poda de árvores) são formas de participação cidadã na prevenção da violência.
Estar na rua com segurança exige uma combinação de atenção, hábitos inteligentes, conhecimento do ambiente e o uso correto da tecnologia. Embora os riscos existam, é possível reduzi-los drasticamente com medidas práticas. A autoproteção começa com a informação.
Referências
- Instituto de Segurança Pública do RJ: https://www.isp.rj.gov.br/
- UOL Notícias – Dicas de segurança urbana: https://noticias.uol.com.br/
- Canaltech – Apps de segurança pessoal: https://www.canaltech.com.br/